A injeção de R$ 41,2 bilhões na economia, de agosto até o fim do ano, pulverizados através de beneficiários do Auxílio Brasil e outros setores, como caminhoneiros e taxistas é uma medida acertada, que o Governo viabilizou no Congresso Nacional como recurso de combate aos efeitos da inflação. A decisão vai alavancar todos os setores básicos. Esta é a opinião majoritária entre agentes do mercado e avalizada pelo professor Henrique Campos Junior, do Centro de Estudos de Varejo da Fundação Getúlio Vargas(FGV).
O setor supermercadista aposta em reflexos positivos do reforço orçamentário das classes C e D, onde estão concentrados os beneficiários do Auxílio, que cresceu de R$ 400 para R$ 600. Alimentação é uma das principais preocupações dos brasileiros mais pobres, os mais afetados na retração econômica durante a pandemia.
Vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan (foto) também aprova a solução de curto prazo, mas prevê que endividamentos das famílias tomarão boa parte dos recursos. Ele acha que o setor não conseguirá faturar mais do que no período em que a pandemia fechou os bares, o que direcionou a renda do trabalhador para alimentos.